Autora da série After Dark e Cadu e Mari, Andreia C. Meyer mora no Rio de Janeiro e é viciada em livros. Mesclando diversão e romance, atinge o tom das comédias românticas que encantam do começo ao fim. É autora de mais de catorze livros publicados. Apontada pelo iTunes como autora em ascensão, teve dois romances eleitos como livro do ano na plataforma da Apple e lançou nos EUA Falling for Her, a versão em inglês do romance Cadu e Mari.
Ela concedeu uma entrevista para nós da Equipe Finilla. Estamos muito felizes por ela ter aceito nossa proposta e nos permitido compartilhar essas informações.
1 - Se tornar escritora sempre foi um sonho para você?
Na verdade, não. Eu nem achava que tivesse o dom de escrever uma história. Mas sempre fui uma leitora voraz e em determinado momento da vida, me veio a vontade de tentar escrever e assim nasceu Louca por você. 2 - Você tem vontade de se aventurar escrevendo outros gêneros literários?
Eu não costumo me limitar na escrita. Costumo deixar a minha intuição fluir e escrever aquilo que me dá vontade. Hoje, tenho publicado comédias românticas, romances dramáticos, Young adult e um conto com uma leve pegada fantástica.
3 - Teve alguma crítica (positiva ou negativa) que te marcou muito? Você pode comentar algo sobre ela?
Eu costumo ler todas as avaliações que saem dos livros, pois gosto de ter uma ideia geral do que o leitor está achando da história e qual a percepção das pessoas a cada livro. Mas não costumo me impactar por avaliações. Quando as análises são mais técnicas, relacionadas a escrita em si, eu costumo avaliar e o que for bacana, que vai somar ao trabalho, eu absorvo. O que não agrega, eu desconsidero.
Eu acredito que a arte, de um modo geral, não pertence mais a quem a produziu depois que ela ganha o mundo... então não dá para ter a pretensão de que vamos agradar a todo mundo. Alguns leitores vão gostar, outros não, e tá tudo bem.
4 - Você acabou de lançar Isolados no amor, como foi escrever essa história? Já tinha algo em mente antes ou ela surgiu de ímpeto?
Isolados no amor surgiu com o momento atual em que vivemos. É uma história que se passa agora, durante a pandemia do novo coronavírus. Nasceu da experiência que todos nós estamos tendo neste momento. 5 - Você tem algum hábito para se manter criativa? Como você lida com os bloqueios?
Ouço música, assisto filmes, leio... não costumo forçar. Quando um manuscrito trava, é por que não está no momento de contar aquela história. Por isso eu costumo ter uns quatro ou cinco trabalhos em andamento ao mesmo tempo. 6 - Se você pudesse viver dentro de um dos seus livros, qual seria?
Acho que em nenhum... rsrs. Gosto da minha vida como ela é mesmo.
7 - Na Ponta dos Pés foi a segunda história que você escreveu, mas lançou ela recentemente. Você se auto julga muito? Não me julgo não. Mas sou exigente com meu trabalho. Na ponta dos pés é um trabalho que precisou ser muito amadurecido para se tornar a história que é hoje. Quando escrevi pela primeira vez, em 2014, nem eu nem a história estávamos prontos para falar sobre bullying, assédio, entre outros temas que fazem parte do enredo do livro, como agora.
8 - As últimas história que você publicou são histórias pequenas, intensas e marcantes, eu preciso dizer que A Primeira vista me emocionou muito. Você prefere escrever história assim?
Eu gosto tanto de escrever novelas quanto romances. O bacana de escrever pequenas novelas é possibilitar que o leitor esteja sempre em contato com a minha escrita, já que o processo de publicação de um romance é bem mais longo que de uma novela. Além disso, certas histórias nascem para serem contadas dessa forma mais concisa. São narrativas mais pontuais, que nem se encaixariam em um romance completo. À primeira vista é um grande exemplo disso. É uma história que fala de amor. Não tem conflitos. Mostra que o amor surge na vida da gente quando menos se espera. Foi pensada e estruturada para ser desse jeitinho mesmo.
9 - Vi uma vez em um comentário que você optou por publicar seus livros de forma independente, mas você também já teve livros publicados por editoras. O que você pode nos dizer dessas experiências?
As duas experiências são excelentes. Tenho uma ótima relação com minhas editoras e muito orgulho dos livros que elas publicaram. Mas o mercado editorial, em especial no Brasil, não consegue acompanhar tudo o que um autor produz. Em um ano, eu já publiquei dois romances e três novelas. São cinco publicações. Jamais uma editora teria condições de publicar tudo, ainda mais nesse período de tempo. A auto publicação me possibilita manter a minha criatividade ativa, oferecer mais histórias aos leitores e ter um controle total sobre o livro. Se eu me limitasse a publicação tradicional, vocês só me leriam uma vez por ano! A Amazon facilitou muito o processo de publicação no Brasil e com as empresas de publicação sob demanda, é muito simples fazer o livro físico chegar na casa do leitor.
10 - Você tem um público bem fiel, que está sempre te acompanhando, conversando com você. Como lida com isso? Sempre imaginou que seria assim?
Eu sou muito próxima dos meus leitores e muito grata pelo apoio que eles me dão. Tenho um clube do livro chamado Clube do Romance, que fazemos leituras coletivas, trocamos experiências, indicações de leitura e é muito divertido. Como falei antes, eu nem imaginava que seria capaz de escrever um livro, então tudo o que acontece comigo é sempre uma surpresa até hoje. 11 - Conta um pouco sobre como foi ter sua história publicada em outro idioma, é uma das únicas autoras nacionais que conheço que conseguiram isso.
Publicar em outro idioma é a realização de um sonho antigo. Foi uma longa jornada para encontrar os profissionais certos para trabalhar na tradução, revisão e edição de Falling for her, a versão em inglês de Cadu e Mari, mas toda a equipe, tanto do Brasil, quanto dos EUA que trabalhou nesse projeto foi incrível. 12 - Cadu e Mari é um dos seus livros mais conhecidos. Nunca pensou em dar continuidade na história deles? Já pensou alguma vez em mudar o final? Não... a história foi concebida para ser um livro único mesmo, do jeitinho que ela é.
Geralmente, quando escrevo um livro, ele só sai do meu computador quando eu realmente gosto dele, quando sinto que é um livro que eu compraria, leria e ficaria satisfeita com a história. Quando isso não acontece, não tenho qualquer receio de apagar tudo e recomeçar.
13 - Há algum novo projeto que você esteja trabalhando e possa comentar com a gente?
Como falei, estou sempre envolvida com quatro ou cinco projetos ao mesmo tempo, mas não costumo falar de trabalhos em andamento. Acaba gerando expectativa nos leitores e eu gosto de ir escrevendo de acordo com a minha inspiração, sem qualquer pressão (mesmo que seja minha!). Digamos que seja superstição de escritor rsrs; 14 - Qual trabalho você mais se orgulha de ter feito e por quê?
Eu me orgulho de todos, de verdade. Todos os meus livros são especiais para mim, cada um com seu motivo.
Créditos: Equipe Finilla Livros Br
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